Sunday, January 29, 2006

O sexo – na cidade, na praia, no campo…
Two people 6 - Cores

Fala-se muito de sexo. Todos os dias, a todas as horas, há muita gente a falar de sexo. Na grande maioria das vezes, não com a melhor das intenções, não com a melhor forma nem com o melhor conteúdo.

Fala-se tanto de sexo porque, durante séculos, se propagou a todas as sociedades uma sexualidade reprimida e contida pois, intencionalmente, ao serviço de um jogo de interesses, relegou-se para um plano profundo o facto de que sexo é uma energia biológica inata.

Somos fruto de tradições repressivas – cristã, hindu e muçulmana. Resultamos de educação pela negativa – «não faças isto, não faças aquilo». Todas as religiões assentam numa ideia de controlo da natureza do homem e de condenação do sexo. O sexo assume, assim, conotações de pecado, profano, proibido, mundano.

Sexo é energia. Tal como as águas barradas à força entre diques que acabam por ceder, a repressão sexual levou ao surgimento de outras formas de expressão: a pornografia e as perversões – consequência inevitável um fluxo natural de energia que é interrompido e se revolta contra esse impedimento.
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Ora o sexo é como respirar - faz parte da sabedoria do próprio corpo. Não nos detemos a pensar no funcionamento do aparelho respiratório, a não ser que algo não esteja bem. Pense-se uma situação de insuficiência respiratória em que se torna pensar de cada vez que se inspira e expira – é completamente anormal!

Por isso se fala tanto de sexo. Ainda bem que, de uma maneira ou de outra, se fala de sexo. Hoje em dia, apesar da repressão em que insistem alguns fanáticos da religião (seja ela qual for), aqui e ali já existem pessoas que encaram o sexo com naturalidade, como um caminho, quer para a descoberta de si próprios, quer para a descoberta do amor e, por conseguinte, da meditação.

A primeira etapa do processo consiste assumirmos que somos os únicos responsáveis pelo nosso próprio prazer. Sexo é prazer. Desenvolvendo a habilidade de explorar as nossas capacidades sexuais - sem culpa, sem medo, sem preconceitos – estaremos a criar sozinhos todas as condições de nos relacionarmos com os outros.

É muito mais fácil falar de sexo do que falar de amor. O amor é um fenómeno que resulta da consciência humana. Os animais apenas se reproduzem, não amam. Poetas, escritores, realizadores de cinema, psicólogos, antropólogos, médicos, simples mortais: todos se envolvem na descoberta, na definição, na análise, na dissecação do que é o amor. O amor é, pois, um fenómeno humano passível de experimentação, mas de difícil explicação.

O sexo não é amor. Mas faz parte do caminho para o amor. Por sua vez, o amor leva-nos à meditação.
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Sexo, amor e meditação: os três vértices do triângulo.

Quando dois corpos (sexo) se juntam em harmonia (amor), ambos deixam de existir em separado para existirem como um só, ainda que por uns escassos segundos. Não há pensamentos, não há futuro, só aquele momento que é presente. O orgasmo é, então, o vislumbre de um estado de total ausência de tempo e de pensamento, a consciência pura e a mais básica forma de meditação – o atingimento do samadhi ou hiperconsciência.

Conclusões:

1) Há sexo pelo sexo: pode ser bom ou decepcionante, pode ser passageiro ou regular; Há amor sem sexo: é uma opção ou uma consequência de um amor platónico, não correspondido, por exemplo; Há sexo com amor.

2) O bom sexo é relativo, porque depende de outras variáveis como seja a relação com o próprio corpo, a relação com o outro.

3) O que é bom no sexo é o amante – sim, na perspectiva de que é com aquela pessoa que se quer estar, que há pessoas que se conhecem bem a si próprias e melhores condições têm de se relacionar com os outros.

4) Sexo e educação sexual são realidades diferentes, tal como o sexo é independente de questões morais e religiosas, embora não seja isso que há séculos é veiculado.

5) Sexo é prazer – então, não? Até para os animais é prazer, porque não havia de ser para nós humanos?

Este texto é dedicado a todos os que têm visitado este paraíso, em especial àqueles que participaram activamente no debate de ideias despoletado pelo post O Sexo e as Cidades.

É uma reflexão com base na minha experiência pessoal, na minha visão da vida para a qual em muito contribuem os ensinamentos de Osho, goste-se ou não, um dos 1000 Construtores do Século XX.

28 comments:

wind said...

Acho que expuseste muito bem as tuas ideias e concordo. Mais assino por baixo.lol. beijos

Eva Shanti said...

Obrigada Wind,

Isto é o resultado de uma reflexão que não é puramente individual, mas que foi que foi possível porque houve a participação de todos os que aqui deixam os seus comentários. Gerou-se um debate de ideias saudável e construtivo.

;)

Bjs

Anonymous said...

Eva, és um portento a pensar e a escrever!

Pouco sei sobre o sexo puro e duro e nem tenho desejo de saber. Do outro sei apenas que ADORO, mas gostaria de saber mais...

Não queres ensinar-me mais coisas... viva vox? ;)

Unknown said...

Belíssimo texto querida Eva. E belíssima que tu és!

Era bom que toda a gente lesse esta blogada. Dissipariam-se dúvidas e crises. Paranóias e refúgios. Tragédias e melancolias.

É pena que o ser humano seja tão complexo a tratar as suas próprias vontades. E necessidades.

E raios partam as igrejas e profetas da desgraça que, em sede de poder, envenenaram com medo a própria saúde e bem estar dos seus "rebanhos".

É uma das muitas razões que me levaram a optar pelo celibato religioso.

Um beijinho e nevou em Lisboa!!!!

Meia Lua said...

O sexo para mim é só a consequência, inevitável do amor que vier a sentir por alguém se for correspondido. Sem amor? Não me parece, pelo menos para mim.
Belo texto!!!!
beijinho com flocos de neve :D

Mocho Falante said...

oláááááááá...aqui estou eu a dar a minha bicadita pois então. Com que então a piquena segue-se pelos ensinamentos de Osho???? Deixei-se disso porque a piquena tem os seus ideais muito bem definidos, e depois esse senhor diz cada tonteria que não há paciência...

lolololol (mocho provocador), na verdade li algumas coisas dele com as quais discordo vivamente, mas adiante...

Ah pois é, o sexo é um Universo maravilhoso de constantes descobertas e para se entrar inteiramente dele há que desinibir o corpo e libertar o pensamento de juízos de valor e de ideias erradas sobre o que é certo ou não.

Muito bom minha amiga, aqui está um assunto sério que não nos deixa ir para os caminhos de pasquim como foi o post anterior...

PS: A vela sim, tem um formato fálico, mas a piquena já tinha o tintol a fazer efeito que nem sequer reparou que tinha atropelado o objecto, o que safou foi a caracolinha que esfregou até os musculos gritarem de dor... falta a carpete, mas isso serão outras nupcias para outro "voluntário" porque como a piquena sabe, nesta idade... o que interessa é o conforto.

Beijos e cuidado com os nevões, agora sexo ao ar livre tem de ser feito em condições muito especiais, não vá o apito ficar enrregelado

Beijos

Eva Shanti said...

Caro Mocho,

O facto de ler Osho e de ter em conta muitos dos seus ensinamentos não invalida que o faça com espírito crítico.

Não sou seguidora de Osho. Na verdade, não sou seguidora de ninguém senão de mim mesma.

Post Scriptum 1: Quanto à vela de aspecto fálico (para não falar no tamanho), realmente parece que fiz um estrago de monta. Diga-me lá qual a penitência que me cabe, pois com estas coisas de Karma d dharma não se brinca!

Post Scriptum 2:Como V.Exa sabe, comigo não há cada nada de apitos. Se calhar até devia, pois fique sabendo que o curso de árbitro tem que se lhe diga. Acredite que o apito até deve dar algum conforto... Irei indagar junto dos meus colegas especialistas em Direito Desportivo...

No que respeita ao sexo nos braços da Mãe Natureza, realmente nesta época é pouco aconselhável, a não ser que apanhe um avião para os Trópicos - o de Cancer, o de Capricórnio, o que se quiser!

Com a devida vénia, V.Exa muito gosta dos caminhos de pasquim!

;)
Bjs

Eva Shanti said...

Querida Pandora,

Em sexo vale tudo desde que as pessoas se sintam bem.

Por vezes, não interessa a razão, acontece termos sexo pelo sexo. Umas vezes é bom, outras nem por isso.

Nos Anos 70, com o aparecimento da pílula contraceptiva (quanto a mim o maior dos afrodisíacos) foi permitido à mulher separar a sexualidade da função reprodutiva.

Deu-se a libertação sexual com uma outra consequência: a mulher passou a poder ter sexo pelo simples prazer, mas também passou a ter o poder de dizer não (o que não foi muito bem compreendido pelo homem).

Ter sexo, gostar de sexo, para nós mulheres, não é vergonha nenhuma.

Mas sexo com amor, isso é um privilégio!

Se estás em bons lençóis, bom para ti. Mas uma relação é muito mais do que isso!

Volto a dizer, falar de sexo é fácil, porque é básico. Falar de amor, encontrá-lo, não o deixar morrer, isso é que é o difícil...

Podes partilhar sempre o que te apetecer. Se eu puder ajudar nalguma coisa, tanto melhor.

Bjs

Esplanando said...

O que é certo é que se as pessoas conseguissem separar sexo de sentimento então não haveria tanta infelicidade por aí...

Eva Shanti said...

Querido Esplanar,

Há sofrimento sem ter havido sexo.

Isto porque não é preciso haver sexo para haver envolvimento emocional.

Estou a lembrar-me de alguns casos específicos:

- Um amor não correspondido implica sentimento, mas não necessariamente envolvimento sexual;

- Uma relação em que as pessoas deliberadamente não querem ter sexo, mas onde existe muito amor;

- Dois pessoas que começam a partilhar as suas vidas uma com a outra, de tal forma que não podem passar uma sem a outra, até ao dia em que uma delas parte (para o estrangeiro, para outra vida, para outro mundo, não interessa) - não houve sexo mas houve envolvimento emocional.

Quando há envolvimento emocional e as coisas não correm como nós queremos ou como esperávamos, inevitalvemente, há sofrimento.

Outras vezes, quando sexo é só sexo e não significa nada, somos surpreendidos por algo que julgamos controlar: o envolvimento emocional...

Ninguém disse que esta vida era fácil e que bastavam umas quantas regras simples para a vivermos.

Mas, na verdade, a vida até é fácil, o ser humano é que é complexo e não ajudam em nada, certo?

Bjs

Rosa said...

Humm... Toda esta "área" é muito relativa. O que é verdade para uns é completamente falso para outros, e vice-versa. Este é um dauqeles temasém que me aprece absolutamente impossível generalizar. Beijinho :)

Eva Shanti said...

Rosa,

Não houve aqui intenção generalizar. O que serve para uns não serve para outros.

Apenas fiz um ponto de situação e separei águas: amor e sexo podem ou não estar juntos.

A forma como se vive o sexo e a forma como se vive o amor já é do foro de cada um e para isso concorrem as experiências pessoais, valores que pautam a vida, etc.

Basta pensar no Amor e na classificação proposta por John Allen Lee, para demonstrar isso mesmo: não somos todos iguais, não sentimos nem experenciamos da mesma maneira.

Se fossemos meros animais e não seres espirituais, então sexo seria apenas uma função básica.

Se para além de termos consciência, fossemos impermeáveis a quaisquer formas de condicionamento, como a educação ou a religião, não estaríamos constamentemente a questionarmo-nos. Aliás, o sexo deixava de ser tema de conversa, de ser usado para vender os produtos mais díspares, de ser usado como moeda de troca.

Daí que o teu comentário anterior, que foi tido em conta, é coerente, parece-me, com o que aqui foi exposto:

«Eu acho que a própria definição de "bom sexo" é muito relativa. E, por isso, dependendo da perspectiva, pode ou não ser consequência de uma boa relação amorosa, e até ter ou não alguma coisa a ver com amor»

Bjs

Living Place said...

"É muito mais fácil falar de sexo do que falar de amor."

Minha querida Eva,

Não concordo (comecei bem, heim? :-))
Eu acho que é mais fácil falar de amor, o sexo vem depois e por acrescimo.
Acho que hoje em dia se dá demasiada importancia ao sexo,e estou como o maxikeiro: é só sexo por todo o lado.
Agora o que não se dá demasiada importancia e isso sim, era de louvar, principalmetne dado na escola seria:
- O sexo seguro.
Fica aqui um tema para pensares... e voltares a surprender-nos com os teus post (até agora nenhum me desiludiu e são optimos para debate de ideias).
Jinhos

P.S.: Mas que raio se passou com as velas, hum?

Eva Shanti said...

Querida Musas,

Continuo a defender a ideia de que é extremamente fácil falar-se de sexo.

Talvez seja difícil falar-se bem de sexo - isso já é outra coisa.

E sim, é sexo por todo o lado. O sexo usa-se para tudo e mais alguma coisa. Até chateia.

Tanto que se fala de sexo... Tanto que se fala de técnicas, posições, orientação sexual, formas de prazer, bons e maus amantes, tédio sexual, fetiches, fantasias, perversões...

É básico, até mesmo animalesco.

Agora sentimentos? Amor? Toda a gente sabe definir o que é sexo e o que é desejo sexual, mas ainda ninguém conseguiu definir o que é amor. Até porque há várias formas de amar.

Insisto também no facto de sexo e amor serem coisas diferentes, que podem ou não estar juntas.

Sexo seguro é um tema muito importante. Já estava agendado. Até tenho umas fotos artísticas de contraceptivos... Mas é como tudo. Tenho que reflectir, tenho de estar inspirada, e nunca sei o que posso esperar de mim própria, porque é também uma questão de estado de espírito!

E, o que mais gosto é do debate de ideias! Venham elas!

Bjs

Eva Shanti said...

Pepe,

Cada um sabe de si e também há liberdade para comentar ou não a vida sexual, que é um assunto íntimo.

Moralismos à parte, e respeitando todas as opções, nomeadamente as daqueles que só admitem sexo como consequência do amor, muita gente já afirmou (aqui e nos seus blogs)que há sexo pelo sexo ou sexo sem amor e que sexo pelo sexo é uma esperiência boa (ou não). Também pode ser uma forma de ir aproveitando o tempo até encontrar o que se procura.

Por exemplo:

- Um ludus não está interessado em relações duradouras e não leva a sério o amor.

- Um storge valoriza mais o projecto de vida em comum que a relação física.


A maturidade faz-me pensar numa relação de igual para igual, sem tentativas de dominação de parte a parte, sem jogos de poder, sem ciúme estúpido, sem um sentido de posse desmesurado. Sem aquelas pequenas coisas que vão moendo e vão destruindo um relacionamento. Quero uma coisa que me parece simples, que vai fluindo, que vai crescendo, um dia de cada vez.

Acredito que duma relação assim possa resultar sexo como uma experiência de comunhão, união e meditação.

Não tenho dúvidas que uma relação assim tem de ser construída a dois, pelos dois - não surge do nada.

Mais do que aquelas pessoas que vivem um dia a dia de sexo «puro e duro», tenho pena daqueles que vivem um amor por conveniência, tipo «bora lá juntar os trapinhos e as contas a dividir por 2 que assim custam menos a pagar».

Mas cada um sabe de si...

Bjs

Eva Shanti said...

Jg,

Concordo que é mais difícil para uma mulher levar as coisas na desportiva.

Não é impossível e, se queres saber, noutros tempos isso seria impensável, agora já nem tanto.

Tens de pensar que as mulheres, ainda hoje, são educadas para preservar a virgindade; são educadas a não se entregarem ao primeiro que aparece; vivem na crença de que a mãe casou virgem com o pai e que o pai foi o único homem da sua vida (o que é verdade é muitos casos).

A educação sexual de uma mulher é do pior! Então quando conjugada com a moral católica cria muitos problemas de consciência (refiro-me à católica que é a que conheço melhor, mas a hindu ou a mulçulmana talvez consigam ser bem piores).

Há não tantos anos como isso, nos colégios de freiras, as meninas tomavam banho com uma espécie de camisas de dormir largas, pois não era próprio verem o seu próprio corpo.

Quantas vezes ouvimos mulheres mais velhas dizerem: «o meu marido nunca me viu nua!»

E, infelizmente, havia umas que eram educadas para serem esposas e havia as outras que serviam para iniciar os mocitos.

Quantos homens existem por aí ainda com a mentalidade de quererem uma mulher santa para mãe dos seus filhos, mas passam o tempo a sonhar com as outras, que são independentes e que não têm receio de dizerem aquilo que querem, jogando com as mesmas regras?

Estamos no séc.XXI, e isto ainda acontece!

Ainda bem que existiu uma Madonna, que é uma pessoa que sempre agiu, goste-se ou não, de acordo com os seus próprios valores, de acordo com as suas próprias convicções e que não se livrou de ser chamada de p...

À minha geração, Madonna veio trazer muita abertura e possibilitou novos padrões de comportamento na sexualidade feminina.

E não nos podemos armar em muito modernos, porque mesmo após relações terminadas, temos dificuldade em imaginar os nossos exs na cama com outros. Isto para não falar daquela pergunta que a maior parte dos homens gosta de fazer a uma mulher que começa a ver como potencial de companheira: «quantos homens já tiveste?» Aquelas que se dignam a dizer a verdade, muitas vezes arrependem-se.

Afinal, a modernice é para as mulheres dos outros, certo?

Outro aspecto importante e que referes é a do: deu,tá dada, next please!

Não é assim tão linear. Primeiro, ninguém é máquina para chegar ali, funcionar e já está. Depois, ambos os parceiros têm os seus medos, os seus receios. Uma mulher não pode exigir a um homem que ele seja perfeito, e o contrário também se aplica.

E sim, também há aquela velha questão:

- Uma mulher deve dar a dica ao homem para ele tomar a iniciativa, porque se uma mulher faz uma strong approach a coisa pode não correr bem - ou ele sente-se intimidado, ou ele gosta de sentir que a iniciativa é dele e esse prazer é-lhe retirado;

- Uma mulher até pode tomar a iniciativa e tudo correr bem - mas é sempre um risco;

- Um homem que também não passa dos entretantos e não se atravessa, também corre o risco de um dia querer e o que ele quer já lá não está...

Resumindo e concluindo:

Afinal falar de sexo também não é assim tão fácil!

Bjs

Desconhecida said...

Sexo é sexo e pronto! Com amor ou sem amor, isso a cada um diz respeito. Como dizes, pode haver sexo sem amor, com amor e também acontece amor sem sexo.
Poderá haver alturas em que sexo só por sexo (sem amor) pode ser extremamente gratificante. Poderá haver grande amor e o sexo ser um fracasso.
Como já tinha no Post do sexo e a cidade O que dá prazer é o amante e não o sexo.

Beijo e bom sexo para todos

Eva Shanti said...

Desconhecida,

Disseste e muito bem: o amante é fundamental!

Foi registada a importância do amante:

Nem sempre pelas suas qualidades técnicas, mas por ser aquela pessoa com quem queremos estar (independentemente de haver amor ou não),porque há cumplicidade e a relação funciona bem, enfim, uma série de outras razões que são de cada um.

O que se passe entre duas pessoas é delas e de mais ninguém.

Bjs

João C. Santos said...

Boa noite Eva, a minha visita é breve...

"O sexo não é amor. Mas faz parte do caminho para o amor. Por sua vez, o amor leva-nos à meditação."

Um grande amor sobrevive com um sexo mau...?

Um beijo...

Sukie said...

O sexo é natural!

Titá said...

Adorei a exposição sobre um tema tão natural e saudável quanto abafado.
Concordo em absoluto com o que disseste e considero estares a fazer um serviço público ao expores temas assim de uma forma tão inteligente.

Eva Shanti said...

Caro Joca,

Com essa pergunta fico encabulada, pois não sou nem a Eva Crawford nem a Eva Remédios e o que o mais que posso fazer é dar um bitaite...

Falando da minha experiência,tive um amor que não era assim muito grande, nem dum lado nem do outro, diga-se de passagem ou, pelo menos, não cresceu, não evoluíu.

Havia um problema a nível sexual, um problema do foro psicológico que a outra pessoa se recusava a admitir.

Tal era o problema que, a dita pessoa, já se tinha divorciado por essa mesma razão. A outra pessoa, à custa de uma relação insatisfatória (pelo menos a esse nível, quanto ao resto mais não posso fazer do que presumir) deixou-o para fazer vida com um terceiro.

Resumindo, o sexo era muito bom quando funcionava. Contudo, a maioria das vezes, as coisas não corriam bem.

Só não fiz o que não podia, ou seja, admitir que havia um problema, um trauma de infância, que precisava de tratamento profissional adequado.

As discussões eram frequentes, a imputação de culpas e responsabilidades eram constantes e o pouco que havia (talvez atracção sexual e pouco mais) acabou por morrer, extinguir-se.

Conclusão:

- Acredito que um amor pode evoluir, crescer, consolidar-se e o sexo tem um papel fundamental;

- Se há amor e a parte sexual não funciona, é preciso saber porquê e ambos têm de ter um trabalho em conjunto para ultrapassar essa situação (não pode ser só um).

De repente veio-me à memória um casal de amigos meus que, ao iniciarem vida sexual, descobriram que ele necessitava de uma determinada operação. Talvez tenha sido escandaloso para ambas as famílias, pois teve que se averiguar a razão do mocinho ter descoberto que havia algo que não estava a funcionar na melhor das situações...

Estamos a falar há quase 20 anos atrás e de um mocinho e uma mocinha com 16, 17 anos...

A verdade é que descoberta a situação e uma vez resolvida, tiveram um relacionamento que durou anos.

Separaram-se porque ambos tinham objectivos de vida diferentes e, ambos têm relacionamentos estáveis com outras pessoas.

Terei ajudado?

Eu acho que é como tudo, é preciso vontade política ;)

Uma coisa é certa: mau sexo sem amor, aí é que não há nada a fazer!

Bjs

Eva Shanti said...

Titá,

Vindo de ti, que não conheço sem ser virtualmente, mas considerando-te uma mulher inteligente, bem formada e sempre pertinente nas suas afirmações, fico muito contente com as tuas palavras de apreço.

Quanto responsabilidade colocas em cima de mim!

A minha reflexão é tão válida como é a dos outros. Além disso, como referi, para todas as conclusões tiradas contribuiram os comentários já aqui deixados.

Parece que a coisa até ficou bem «cozinhada»....;)

Bjs

João C. Santos said...

Boa tarde...
És a Eva Shanti...não precisas de ser mais nada...(Eva Crawford nem a Eva Remédios)
Gostei da tua resposta...e concordo...o amor...esse grande livro onde "todos" os nossos problemas se resolvem...ou por vezes se iniciam...
Sem amor...mau sexo será mau sexo até acabar por completo...

Muito amor vs mau sexo... se nesse amor existir muito diálogo será possivel...penso que os homens teram muito mais problemas em assumir os seus problemas sexuais do que o sexo oposto, daí por vezes o fim ser a única luz ao fundo do túnel mas como nos deste a conhecer tudo tem um bom fim quando o amor permite que o problema seja dos dois e os dois o resolvam...

Um beijo...

Su said...

gostei de ler-te. estou de acordo.
mas sexo com amor é como apanhar sol dos dois lados...maravilha
jocas maradas

Abelhinha said...

Faço tuas as minhas palavras :)

Beijocas

Eva Shanti said...

Ai Jasus, Abelhinha!

Que eu já não sei quais são as minhas palavras e quais são as tuas e se és tu que te aproprias das minhas palavras ou se sou que me aproprio das tuas....

Mas aposto que tem tudo a ver com sorrisos e com beijos...

Olha, bjs da Eva confusa!

Isabel Magalhães said...

Fala-se muito, sim... e se calhar faz-se pouco. :)

Um []