Sunday, October 19, 2008

Cheguei atrasada. Aí uns quarenta minutos. Detesto fazer esperar os outros, mas uma coisa levou à outra. O tempo passa, não perdoa. Tinha de pensar rápido numa solução para me redimir da demora. Olhei para a minha mini-garrafeira. Afinal, uma casa portuguesa não está completa sem uma reserva de vinho, mesmo que humilde, exígua. Não importa o pouco que se tem, mas a qualidade e o propósito, ainda que nem todas as situações possam ser antecipadamente previstas. Costuma ser a ocasião que faz apetecer um bom vinho. Foi então que tive a certeza. A garrafa que antes comprara, não pela qualidade do conteúdo, mas pelo rótulo sugestivo e belo, pareceu-me adequada. Cheguei atrasada, sim, mas com uma garrafa de vinho tinto, de aromas frutados, notas florais e balsâmicas (dizem). Um "desculpa" nos lábios e uma garrafa de "Amo-te" na mão, bem à altura do rosto. O vinho? Continuo sem o provar...


Não quero coisas, quero momentos

Dreams of wine and roses by lipstickgallery

Sunday, October 05, 2008

CHLOE HEDDEN - The Vitruvian Woman is the logo for H.E.R. (Hormone Education and Research Inc.) I took liberties with Leonardo's Vitruvian Man and developed a symbol of balance and feminine strength for an organization founded to achieve those same qualities for all women.


"Não é a riqueza, mas o apego à riqueza que é um obstáculo à emancipação; e não é o prazer da busca por coisas agradáveis que está em causa, mas sim o desejo ardente de as adquirir”
SCHUMACHER, E. F., Small is Beautiful, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1980.


"Life is a process of becoming, a combination of states we have to go through. Where people fail is that they wish to elect a state and remain in it. This is a kind of death."Anais Nin

Algumas dicas para uma busca e um trabalho interior de mudança:

"Não confundir a Simplicidade Voluntária com a pobreza; esta é imposta por força de circunstâncias penosas. Mas quando se opta voluntariamente por viver sobriamente, tudo funciona de modo diferente. É que não nos sentimos frustrados porque nos privamos de um bem, mas antes sentimos que vale a pena substitui-lo por algo que tenha mais sentido. Este desprendimento alarga o espaço para a nossa consciência operar de outra forma: trata-se de um estado de espírito que nos convida a apreciar, a saborear e procurar o elemento qualitativo da vida. No fundo, renunciamos aos objectos que estorvam, travam e impedem irmos até ao fim das nossas possibilidades."


"Simplicidade Voluntária não se confunde com ascetismo; é, até mesmo, a sua antíteses. O asceta priva-se voluntariamente dos prazeres da vida materiais em busca de um ávida espiritual mais intensa; ora o adepto da Simplicidade Voluntária não foge do prazer nem das satisfações. Muito pelo contrário. Ele procura-os, mas entende que os não alcançar com os meios que lhe dá a sociedade de consumo."

"Evidentemente que, se um destes dias, alguém deixar o emprego, vender o seu carro, e começar a consumir só o que produz, a catástrofe não tardará a chegar. Mas a verdade é que a Simplicidade Voluntária é um processo gradual; e não é um fim mas antes um meio para chegar uma melhor bem estar. Com o passar do tempo cada qual poderá aprofundar mais o seu compromisso graças aos momentos de liberdade que vai conquistando e aos laços de solidariedade que vais desenvolvendo para a indispensável segurança afectiva."

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TO SETTLE or not to SETTLE DOWN...


Settle down - Start living a fixed and routine life Example:
After years of partying and drinking, she finally got married and SETTLED DOWN.
Assentar: v. int., sossegar; tornar-se bem comportado.


Há um tempo tive uma conversa com alguém com quem me cruzo regularmente na noite, mais ou menos assim:

Ele: Os meus pais têm casa em Tavira, mas eu gosto mais de Albufeira. Talvez quando me casar ou tiver uma relação séria comece a passar mais tempo em Tavira.
Eu: Porquê?
Ele: ... - Limitou-se a abrir muito os olhos do alto do seu 1, 90m.
Eu: Por que é que hás-de deixar de ser quem tu és, tu que gostas da noite e da agitação, para te ires enfiar em Tavira? Ninguém aguenta muito tempo a esconder aquilo que é.

***
Tive um namorado que me quis arrastar para uma vida de fins-de-semana em casa, a ver TV enroscada com ele no sofá. A alternativa era ir a casa dos amigos dele. Sair, ver gente, falar com outras pessoas fora do circuito normal estava fora de questão. "Já me tens a mim, porque é precisas de andar aí?" - Era a resposta standard, a que me dava sempre que eu propunha um programa alternativo. Nunca me irei esquecer do ano de 1992 em que ia ver os U2 com uma amiga, banda que ele abominava. Ia, e fui, apesar de Sua Exa. ter andado nas minhas costas a vender o meu bilhete. Fiquei estupefacta quando um amigo dele me liga por causa do "negócio de compra e venda".

Levei tempo a arranjar coragem para pôr um ponto final numa história que ainda durou 3 anos. O primeiro ano maravilhoso, o segundo nem por isso, o terceiro para esquecer.

Houve muitas razões que levaram ao desfecho da separação.

Mas prometi a mim mesma que nunca iria abdicar de mim, de ser quem sou.

"Assentar"? Sim, desde que a rotina diária inclua festas, noite, gente, programas ao ar livre, agitação, novidade... Convenciona-se a 6ª ou Sábado, for partying & clubbing, ok? E desde que haja "borboletas no estômago"...