A tatuagem é uma expressão corporal muito em voga.
Embora existam tatuagens capazes de chocar os mais conservadores, a verdade é que esta modificação corporal de tal maneira se tornou comum, que longe vão os dias em que quem tinha uma tatuagem era marinheiro, delinquente, estrela rock, hippy rebelde, ser sexualmente libertino ou alguém pertencente a todo e qualquer grupo marginalizado pela sociedade.
Desconhecem-se as origens remotas da tatuagem e há interpretações controversas. Terá sido no tempo em que os homens se confinavam nas cavernas, saindo para caçar e, por mero acaso, num ferimento ocorrido ter-se-á depositado pó ou fuligem numa camada mais profunda da pele, que, após cicatrização, deixou marca?
Tradição milenar, o certo é que muitos são os povos antigos que usavam a tatuagem para distinguir clãs e tribos, definir castas, marcar acontecimentos importantes da vida: Esquimós, Egípcios, Índios Norte-Americanos, Cruzados, Vikings, Maias, Aztecas, Japoneses, Polinésios, Neo-Zelandeses…
Aquilo que durante décadas foi considerado como coisa de macho, há 2.000 antes de Cristo era uma prática feminina. Foi curiosa a descoberta no Egipto de múmias tatuadas, todas mulheres, como o caso de Amunet, sacerdotiza de Hathor, encontrada em 1922. Sacerdotisas, bailarinas da dança do ventre, prostitutas, concubinas, não se sabe. «Mulheres perdidas», mulheres de má fama, mas todas mulheres...
Na Nova Guiné, ainda hoje, só as mulheres usam tatuagens, como símbolo da passagem da puberdade à idade adulta.
Na cultura Hindu, a henna é usada em tatuagens não definitivas, em festivais e festas religiosas, tais como os casamentos em que as noivas enfeitam as mãos e os pés como um sinal de boa sorte.
O termo «tatuagem» chegou aos nossos dias pelo contacto que o navegador e explorador inglês Capitão James Cook com os povos das Ilhas do Pacífico, que se cobriam o corpo com desenhos na própria pele, tradição cultural muito ligada à religião. Chegado ao Tahiti em 1769, Cook escreveu no diário de bordo sobre «tattow», de como os polinésios injectavam tinta preta dentro da pele fazendo marcas que ficavam para sempre e de como isso era motivo de grande orgulho.
«Tatatau», no original, é uma onomatopeia que provém do som da técnica da tatuagem da Polinésia, Com o regresso de Cook e da sua tripulação a Inglaterra, a palavra espalhou-se do Inglês, pouco a pouco, para a maioria das línguas ocidentais:
Tattooing, mais usada a contracção tattoo – Inglês
Tatouage – Francês
Tattowierer - Alemão
Tatuagem – Português
Tatuaggio – Italiano
Esta arte ganhou adeptos, principalmente marinheiros que, de porto em porto, divulgavam a «tattoo», forma de marcar no corpo corações com o nome da amada, navios, âncoras, cruzes, recordações das terras longínquas que visitaram e toda uma série de motivos humanos, sinais ou marcas da vida…
Actualmente, muitos são os motivos que levam as pessoas a terem uma ou mais tatuagens. Elenco aqui alguns, a título meramente exemplificativo:
- Por mera decoração do corpo;
- Para se ser diferente:
- Porque é importante representar um sentimento ou uma fase da vida;
- Por rebeldia e afirmação pessoal;
- Por vaidade, exibição;
- Para integração num determinado grupo;
- Como prova de valentia e de superação individual da dor;
- Demonstração de patriotismo;
- Para cobrir ou disfarçar uma marca de nascença;
- Por homenagem a alguém – que se ama ou se idolatra;
- Por questões religiosas ou auto-protecção;
- Porque um corpo tatuado é, para algumas pessoas, objecto de desejo sexual, algo directamente relacionado com o erótico e com a sensualidade.
Sendo a tatuagem uma forma de comunicação não verbal, fazer uma tatuagem é, no limite, o compartilhar de uma arte milenar de diferentes povos e uma relação com o Sagrado.
Há por aí citações da Bíblia e da Tora que proíbem a tatuagem, (daí o castigo infligido aos Judeus pelo Nazis que, com a tatuagem de um número, os marcavam para controlo e ofensa da sua crença) mas não quero entrar nesse campo:
- Primeiro, porque é um terreno delicado;
- Segundo, não vá o Bento XVI lembrar-se de excomungar todos os católicos (praticantes, não praticantes, ou assim-assim), esquecendo-se que naquela coisa estúpida a que se chamou «Guerra Santa», (que ainda existe, para mal de todos nós, sob a forma de terrorismo), os Cruzados comemoravam a sua participação e a conquista das Terras Sagradas com uma marca própria tatuada… À conta desse senhor (e de alguns outros), mais faltou para regressarmos à Idade das Trevas em que qualquer marca na pele ou cicatriz era «coisa do demónio»!
Não é que me importe muito de ser considerada uma excluída, porque desde que comi a célebre maçã fiquei proscrita, logo, fui a primeira das excomungadas ;) E, sim, tenho uma tatuagem! A originalidade do pecado: I have sin on skin!
Fotos: Vback e back bl by tzamuli in www.flickr.com
Fontes:
Além da wikipedia,
http://www.artecleusa.trix.net/decoracao%20do%20corpo.htm
http://magma.nationalgeographic.com/ngm/0412/online_extra.html
http://www.dereka.com.br/tatuagem2.asp
26 comments:
Nunca fiz, confesso! Não direi nunca, embora nunca me tenha sentido atraído para tal. Há tatuagens lindas, com muita qualidade estéctica e artística. Outras haverá que se vêem e apreciam melhor quando tapadas :-P
Seja porque razão for...elas fazem-se e quem as faz terá concerteza prazer em vê-las. Adorei o artigo, com muita qualidade e bem fundamentado! Até...
Muito bom este post, no que respeita à parte da história. Quanto a fazer,nem uma pequena faço, porque tenho medo da dor:) bjs
Sempre foi um dos meus desejos secretos.
Nunca fiz por dois motivos. O primeiro porque sabia que a minha mãe não ia gostar e gosto de respeitar a opinião dela (apesar de recentemente ela me ter dito que não se ralava nada com isso desde que eu escolhesse uma casa com todas as condições higiénicas).
O segundo porque me falta alguém que vá comigo e me ajude a escolher... no fundo, que me apoie.
Obviamente sou a favor das tatoos. Gosto de ver. Acho profundamente sensual.
Há umas que a moda já começou há uns tempos e que gosto muito de ver... são aquelas tatoos simétricas no fundo das costas! Ui!!! :-D
Ferrus,
Wind,
Esplanar,
Obrigada pelas vossas visitas!
Falando da minha experiência relativamente a tatoos...
Levei 1 ano a passar da decisão de fazer uma tatuagem até à acção realmente a ter. Foi em 99 que a fiz.
Confesso que cheguei a entrar numa casa especialista e recomendada na altura (havia apenas 2 em Lisboa que reuniam todos os requisitos de credibilidade) e saí arrepiada com o barulho das agulhas.
Também levei bastante tempo até me decidir pelo desenho ideal, adequado. Não que tivesse consultado livros ou assim, mas sabia que assim que visse algo que fizesse sentido era por aí que avançava - acho que sou assim com quase tudo. Apenas sabia que queria muito ter uma tatuagem. Porquê? Não sei. Talvez como na altura em que tinha 10 anos e insisti com a minha mãe que queria, e queria mesmo, furar as orelhas.
O desenho da minha tatuagem, que é geométrico, vio-o numa revista e quando o vi senti logo que era exactamente aquilo que eu queria.
Levei o recorte da revista à casa das tatuagens para que me ajudassem na tarefa de o passar para a pele - 1º faz-se o desenho em papel vegetal, 2º decalca-se para a parte do corpo escolhida para acolher a tatuagem.
Fiz a marcação do dia e hora em que finalmente faria a tatuagem, pensando que, só pelo facto de ter marcação isso tornava a coisa mais definitiva.
Bom, na data marcada, mostraram-me o desenho em papel vegetal, que tinha ficado um pouco maior do que eu esperava, pois disseram-me que estiveram a acertar as arestas e com o recorte que eu tinha levado, fizeram o trabalho possível.
Mais uma vez, confesso: fiquei aterrada com o tamanho da coisa! Puseram-me à vontade, disseram-me que nada seria feito contra minha vontade, que iam decalcar o desenho para a pele e que, com o tamanho das costas (precisamente a omoplata direita), o desenho perderia dimensão...
Depois de ver ao espelho o desenho nas minhas costas disse logo: siga!
E assim foi! Um rapaz holandês fez o trabalho. Mostrou-me as agulhas descartáveis nas embalagens invioladas e disse-me para sentar numa cadeira, mas de frente para o assento e com uma perna para cada lado - achei aquilo super sensual!
O tempo que durou? Não sei. Ia olhando para as faixas das músicas de Heavy Metal que iam passando (acho que foram 5), entretive-me a ver os posters nas paredes com dizeres (nunca mais me esqueci do I´m powerfull, I have sin on skin) e estava muito divertida.
À parte disso, ia aguentando a dor (não é fácil, mas também não é do outro mundo, nada que não se suporte)e só pensava: «Bem, devo ter as costas completamente em sangue! Que se dane!»
Depois de ter feito os contornos, o holandês sugeriu que fizesse umas sombras, que o desenho ficava mais bonito. Respondi-lhe: «Ok, go on», que é o mesmo que «bora lá!»
Estive 15 dias a pôr Betadine, a suportar as crostas a cair sem poder coçar, para sarar a ferida sem estragar o desenho e assim foi a minha aventura.
Há anos atrás, as pessoas olhavam de maneira muito mais preconceituosa para as tatuagens. Na passagem de ano do milénio, ou seja, de 1999 para 2000, estive em Madrid e, estando com um top cai-cai, nem imaginam a quantidade de moçoilos espanhóis que me perguntavam se a tatuagem era verdadeira e se podiam tocar... Muito gostam os espanhóis de ver com as mãos, está comprovado!
Poucos eram os colegas de trabalho que sabiam que eu era detentora de uma tatuagem. Ainda assim, mesmo com amigos, a verdade é que as pessoas quando ficavam a saber que eu tinha uma tatuagem imaginavam logo uma série de coisas, abriam muitos os olhos e, de um momento para o outro, passava de uma rapariguita normalíssima, para depravada ou potencial bomba sexual...
Com o passar do tempo, tudo mudou. Hoje, raras são as pessoas que conheço que não têm uma tatuagem.
Na altura também fui muito criticada pelo sítio algo visível que escolhi para a tatuagem. A minha família também não reagiu muito bem, especialmente o meu que se recusava a admitir tal modificação corporal.
Claro que isso é passado: já não oiço metade dos comentários que ouvia anteriormente, já não levo com 1/3 das olhadelas pelo canto do olho e com sorriso matreiro que levava, esqueço-me que tenho um «sinal» nas costas, um sinal que escolhi e paguei...
Penso que a dor motivada pela agulha a injectar a tinta na camada mais inferior da epiderme varia consoante o sítio escolhido para a tatuagem e a resistência da própria pessoa.
Há histórias de homens feitos que desmaiaram durante asn tatuagens, mas se quiserem mesmo fazer uma tatuagem, decidam com calma, com ponderação e informem-se.
Importante é o facto de, à partida, a tatuagem ser uma opção para o resto da vida. Se para pôr fim a um casamento temos o divórcio, não se fiem no laser para remover uma tatuagem. Parece que não é assim tão fiável e os custos da remoção são elevados...
Acima de tudo, ter uma tatuagem, ou não, é opção de cada um e o que conta é que nos sintamos bem connosco e com as decisões que tomamos!
Bjs
Gostei de saber do´histórico que aqui constas das tatuagens...desconhecia...
qtº a tatuagens...de um modo geral detesto-as...acho feio...então num homem ainda mais...num entanto...já vi pequenas tatuagens que gostei...e que considerei...digamos "elegantes"...são gostos...
Beijinho
também tenho uma tatuagem...
Podes vê-la no meu blog. É um desenho celta, a figura é um cão do Book of Kells.
Post de 11/08
Beijo.
Isabel,
Gostos não se discutem e mainada! Eu gosto de ver tatuagens nos outros desde que me identifique com os desenhos ou caracteres escolhidos. A zona do corpo também tem a sua importância.
Lembro-me de um grande filme, Tudo Sobre a Minha Mãe, do Almodóvar em que a personagem principal (Manuela) tem uma pequena flor na base do pescoço, de um dos lados, que só se vê quando apanha o cabelo.
Também há tatuagens de grande dimensão, para não dizer, no corpo todo, que gosto de admirar nos outros, não o queria para mim.
Um filme que vi e não gostei, mas que não deixa de ser interessante é o Pillow Book (O Livro de Cabeceira - http://www.imdb.com/title/tt0114134)que é exactamente sobre a sensualidade de escrever no corpo (neste caso, caracteres japoneses). Para mim a única coisa boa do filme é o giraço do Ewan McGregor, que depois vim a reconhecer em Trainspoting, já que nessa altura ainda não era um actor muito conhecido (1996).
Ahraht,
Vou já cuscar esse desenho celta! Está num sítio visível do teu corpo ou é segredo? É que eu sou muito curiosa, admito-o...
Pachita,
Pintar o cabelo é um vício, fazer tatuagens acho que não. Podes é perguntar à Angelina Jolie, que acho que ela pro na coisa. Entretanto, se falares com ela, dá cumprimentos meus aos Brad Pitt ;)
Quanto aos piercings, aí não me atraem nada. Tenho 2 furos numa orelha, o que perfaz um total de 3 furos em 2 orelhas, mas não tenciono passar disso.
Bjs
Eu tenho idade para ter juízo, pelo que se diz, mas só agora sei que quero emsmo fazer uma. Sei o quê e onde.
Infelizmente já me disseram que é na zona onde mais dói (não, não é essa) que é o interior do antebraço.
Enfim.
Mas tem mesmo que ser aí.
E é uma coisa muito gráfica, nada de dizeres árabes ou orientais que estão na moda.
Tem tudo a ver comigo, com o que fiz e faço na vida.
E vai ser giro.
Só ainda não a fiz porque tenho uma dúvida: se a p/b se com algumas cores... enfim.
Xá-das-5,
Pelos vistos, já tens a decisão tomada. Se assim é, dificilmente, voltarás atrás.
Eu levei um ano para fazer a minha tatuagem, mas fi-la!
Quanto a essa questão das cores, talvez pedir opinião de um especialista, alguém pertencente a uma empresa credível no ramo.
Relembro que desde 1/01/2006 que os estabelecimentos de tatuagens e colocação de piercings estão obrigados a ter Livro de Reclamações.
Ainda assim, olhitos bem abertos, pois se desconfiarmos que algo não está conforme, todo o cuidado é pouco... Com a SIDA não se brinca!
Bjs
Deparei-me com esta notícia que partilho convosco. Desconheço esta série, nunca vi!
Parece que é muito recente, pois a notícia data de 17.11.2005:
Uma série sobre tatuagens, intitulada Miami Ink, é a nova proposta do canal do cabo People+Arts para as noites de quinta-feira. O primeiro episódio é exibido às 21.40.
Esta série vai dar a conhecer o atelier de tatuagem frequentado por celebridades como Robert Downey Jr., Bobby Brown, Gisele Bundchen ou Helena Christensen.
Ami James, Chris Nuñez, Chris Garver e Darren Brass são os tatuadores profissionais que participam neste programa. A equipa de tatuadores fica completa com um amador Yoji Harada, que está a aprender os segredos da arte de embelezar o corpo.
No sofisticado atelier de tatuagem que o People+Arts dá a conhecer pode encontrar-se uma clientela diversificada, desde jovens de 18 anos até senhoras da alta sociedade ou empresários.
Todavia, são os actores e outras celebridades que mais se destacam entre os que passam pelas mãos de Ami James, Chris Nuñez, Chris Garver e Darren Brass. Por exemplo, Stephen Dorff, David Arquette, Robert Downey Jr., Janeane Garofalo, Bobby Brown, Giesele Bunchen e Helena Christiensen.
Estima-se que um em cada sete adultos tem pelo menos uma tatuagem. A crescente popularidade desta foram de decoração corporal junto das celebridades motivou uma adesão maior de vários grupos, nomeadamente os mais jovens.
Por isso, a tatuagem é uma das principais componentes da cultura popular contemporânea.
Muitos dos que optam pela grafia da pele fazem-no porque querem assinalar uma ocasião especial nas suas vidas.
A história de cada um dos clientes com as suas correspondentes tatuagens enriquece cada um dos episódios de Miami Ink. De acordo com os responsáveis do canal, esta série é uma proposta televisiva "intensa, interessante e diferente".
http://dn.sapo.pt/2005/11/17/boa_vida/a_arte_tatuagem_miami_ink.html
Eva tatuada!!!!
Caramba, a quantidade de coisas que aprendi desde que "te descobri". Para mim já és uma visita obrigatória e apanho cada surpresa (boa) sempre que aqui venho….
Eu não tenho, nem vou fazer (por agora). Gosto de ver nas mulheres, no entanto depende onde, quais as dimensões e do "grafismo".
Beijo
Parrot,
É bom saber que tens aprendido coisas por aqui e que tens tido boas surpresas!
Eu também tenho aprendido muito com todos os que me visitam e que, além de fonte de conhecimento, também são fonte de inspiração.
E eu não faço segredo disso. Tenho trocado alguns mails com uns quantos «blogueiros» que sabem bem a quem me refiro.
Obrigada pela visita e pelas palavras simpáticas.
Bjs da Eva (tatuada)
Tanto que eu quis fazer uma!!! E o meu pai proibiu-me! Agora que já posso fazer tudo o que quero... já tenho o desenho ;)... falta ainda a coragem ...
beijinhos
Meia Lua,
Quando chegar a altura hás-de fazer a tua tatuagem. A coragem aparece e não sabes muito bem de onde...
Foi assim comigo. Como disse atrás, entrei no estabelecimento, parei ao balcão à espera que me viessem atender, não suportei o barulho, dei meia volta e vim-me embora.
Quando chegou a hora, não vacilei. Por acaso, foi noutro local que não o primeiro onde tinha entrada, mas era a altura certa, pelo menos para mim :)
Bjs
Muito fixe tatuagens! Cheguei a pensar fazer uma (a brincar) e mesmo assim... cheguei a fazer uma (ainda mais a brincar) num famoso festival de música e curti enquanto durou (uma noite e um dia). Não era uma eva, era uma bruxinha... é quase igual...
Beijos, evinha!
LOLOLOLOLOL a primeira das excomungadas !!
Ai ai ai que menina pecaminosa.
Por acaso gosto de ver uma tatuagem, desde que pequenina, fica sexy, agora aquelas grandes não gosto. Mas cada um sabe de si.
Maria Pedro,
Bruxinha não sou. Tenho umas luzes do mundo wiccan, mas acho que aquilo não é para mim. Todavia, não deixa de ser interessante o poder que as mulheres detinham na religião antes da Igreja as chamar de «bruxas», num sentido pejorativo, e de as irradiar a todo o custo à conta de fazer prevalecer ideias que podem ser católicas, mas pouco cristão - Ai o Xô Bento que já deve estar aos saltos com estas palavras!
Pois parece-me um tema execlente para explorar no futuro: a mulher, a religião, o custo da fertilidade e por aí fora.
Thanks!
Musas querida,
Um dia destes submeto a minha tattoo a aprovação geral. Não é pequena, é média. E, tal como me disseram, nas costas perde a dimensão. Depois logo me dizes da tua justiça! LOL
Jg,
Não podia estar mais de acordo. Poder transformar, modificar o corpo, é um acto de liberdade. Tenho uma série de «pintas» nos braços, especialmente num deles, que apareceram sem que eu as pedísse. Ao menos o sinal que fiz nas costas meu, é fruto de um acto de vontade de o ter no meu corpo.
Respeito que queira levar a vida de uma forma asséptica, seja lá o que for isso, por a não ser que se viva dentro de uma bolha, acho difícil, pois os agentes de infecção são mais que muitos. Além disso, há que criar resistências e imunidades.
Quanto ao proíbido, penso que te referes ao facto da sociedade oferecer resistência a tudo o que é diferente, ao que sai dos padrões de uma normalidade que ninguém sabe bem o que é e que alguns procuram impôr.
Pois desde que não interfiram comigo e com a minha consciência, não vou deixar de ser como sou. Tem de haver regras, mas apenas um mínimo que nos afaste da anarquia, que isso também não é solução, nem é viável.
Bjs
nunca fiz nenhuma mas a tentação é muita, não fosse a minha penugem e já tava uma aqui no meu corpinho escultural. Onde??? Não digo, of course
olha, linkei-te.
Hmmm... Já estive tentada. Eu gostava de ter uma agora. Mas não gostava de ter uma, digamos, aos 60 anos! Vai daí, optei por não fazer! :)
Mochinho,
Esse corpinho escutural só ficaria ainda mais embelezado com um tattoo e não precisas confessar onde, porque a malta respeita.
Xá-das-5,
Thanks! Tenho que ir cuscar!
Rosa,
Tive exactamente esse pensamento: será a que as 60 vou gostar de me ver com isto? Vou de certeza, porque escolhi um desenho que penso ser intemporal...
Bjs
Querida, muitos parabéns ... o teu blog está cada vez mais interesssante, adorei ler este post, o enquadramento que fazes e brilhante e a forma como está escrito fenomenal. Vai em frente, tens aqui a tua gente !!!! :))))
Beijinhos encaracolados linda e, mais uma vez, parabéns pelo teu cada vez mais espectacular blog !!!! :))))))
Querida Caracolinha,
Mais do que babada, estou perplexa com as tuas palavras...
Acho que não mereço tanto elogio junto!
Ainda bem que gostaste, que saíste da tua casquinha e vieste dar uma volta aqui pelo paraíso.
Mais do que um lugar onde escrevo sobre o que quero e dar forma que me apetece, usufruindo da liberdade de expressão, o importante é a partilha, o feedback e a liberdade de opinião de todos.
Bjs grandes
cheguei aqui através do Armando Esse e ainda bem...descobri um blog bem feito inteligente e sensível...e pode-se voltar?
abraço...:)
Mendes Ferreira,
Muito obrigada pela visita.
Este paraíso tem a porta aberta a todos os que o queiram visitar e o fazer dele também seu.
Bjs
gosto deste tema, ou não tivesse eu duas tatuagens
jocas maradas
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