Saturday, December 29, 2007

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Benazir - "A nunca vista"
(Karachi, 21 de junho de 1953 — Rawalpindi, 27 de dezembro de 2007)
Foto retirada de A Benazir Bhutto Diary

Paquistanesa, nasceu com o destino marcado pela luta política da dinastia Bhutto. Puseram-lhe o nome persa "Benazir" que literalmente significa "aquela que que nunca foi vista".

Foi educada no Reino Unido, frequentou Oxford e Harvad, estudou Ciências Políticas e Filosofia.

Em 1979, após a deposição e execução do seu pai, o Primeiro-Ministro Zulfikar Ali Bhutto, Benazir esteve numa solitária nos 5 anos seguintes. Tinha, então, 26 anos. Nunca esmoreceu. O sofrimento infligido pelos inimigos apenas alimentou a sua força interior.

Foi duas vezes Primeira-Ministra do Paquistão e a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo de um Estado muçulmano moderno. A primeira eleição ocorreu em 1988.

Incómoda, foi presa vezes sem conta e alvo de acusações maldosas, que nunca questionou por se saber num jogo viciado de motivação política.

Recentemente, Benazir Bhutto pedira a renúncia do General Pervez Musharraf da presidência do Paquistão, apesar deste lhe ter sugerido o cargo de Primeira-Ministra. Quem luta por princípios e valores democráticos e não pelo poder, nunca o poderia aceitar.

Carregou toda a vida a iminência da morte súbita e violenta. Sobreviveu a inúmeros atentados e a despedida dos amigos e da família e dos amigos era uma constante. Sucumbe aos 54 anos num atentado bombista em Rawalpindi, cidade próxima a Islamabad, a capital paquistanesa.

Benazir Bhutto, a personagem de uma história de vida tornada lição de persistência, coragem, perserverança. Impossível ficar indiferente a esta mulher carismática, inteligente, que aceitou desde cedo a missão de dar ao povo paquistanês a liberdade e um governo democrático.

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"I was a very shy girl who led an insulated life, it was only when I came to Oxford and to Harvard before that, that suddenly I saw the power of people. I didn't know such a power existed, I saw people criticising their own president, you couldn't do that in Pakistan, you'd be thrown in prison. I saw the press take on the government. I was determined to go back home and to give to my people the freedoms and the choices- the individual dignity which I saw my college mates and everyone else in the West have...That early educational influence has profoundly affected my outlook on life."

"I had fought a military dictatorship. It was a Muslim country with very strong patriarchal tendencies. There were tribal areas, there had been the war in Afghanistan with the Mullahs, so it was a very big challenge to convince those who were not with us that women in the world of today could do as well as anyone else."

5 comments:

armando s. sousa said...

Não compreendo como o "Ocidente" continua a dar ajuda a Musharraf.

Controla o país com mão de ferro, com promessas de combater o terrorismo, coisa que nem ele nem o Ocidente com muitos mais meis é capaz de o fazer.

Este selvagem acto de cobardia terá um grande custo para todos os paquistaneses que acreditam numa sociedade livre e democrática.

Aproveito para desejar uma boa passagem de ano, e que 2008 seja um ano recheado de coisas boas.
Um abraço.

[A] said...

desculpa o devaneio, mas só me ocorre dizer que ainda por cima era muito bonita...
curiosamente a 1ª vez que li sobre ela foi num artigo de uma revista de moda no início dos 90- registei o nome, a fígura e o simbolismo.

Um Grande 2008 para ti.

Eva Shanti said...

Ana,

Concordo inteiramente contigo: era uma mulher linda, de um porte invulgar e uma beleza cativante.

Bjs

Caracolinha said...

Terrível perda de uma linda e grande mulher ...

Excelente e encaracolado 2008 ... beijocas da miúda da casquinha ... :)

lr said...

bem a propósito, este post. homenagem merecida para uma mulher cujos detalhes de percurso conheço mal mas tinha muita dignidade. para a autora do blog, votos de um ano com muitos e bons posts como é hábito. bjs