
Monday, December 26, 2005

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Eva Shanti
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Monday, December 19, 2005
Mas o tempo dos «feios, porcos e maus», se é que o houve, foi ultrapassado por um novo tipo de homem, e não estou a referir-me ao tipo metrossexual .
Não conheço metrossexuais em Portugal. De qualquer forma, o que poderia atrair mais determinadas mulheres do que a conversão de um giraço gay em «príncipe hetero»? É que mesmo sabendo que se trata de «mercados diferentes», e que um homem gay e uma mulher nunca serão concorrentes cada vez mais o público feminino olha com cobiça para esses jeitosos que andam por aí… Mas um gay só poderá ser correspondido por outro gay, nunca por uma mulher, uma vez que são mundos diferentes.
A comunidade gay portuguesa anda delirante com o novo reality show, de seu nome original Queer Eye For The Straight Guy, formato lançado em 2003 pela NBC Universal Studios nos States. Sobre o programa em si não me pronuncio. Não sou espectadora de nenhuma das versões, a portuguesa exibida num canal generalista e a segunda num canal de TV por Cabo.
Pronuncio-me, sim, relativamente aos moços, pois são de uma forma geral, bem apessoados e interessantíssimos. Diria mesmo, autênticos poços de sabedoria dessas coisas de estilo, etiqueta e bom gosto.
Homens hetero de Portugal, abram os olhos, porque há muito espaço para melhorar. Não é preciso chegar-se ao cúmulo do metrossexualismo, mas, como se diz agora: «há mínimos!».
Mulheres portuguesas, cuidado com as ilusões! É tentador pensar que um gay compreende melhor a alma feminina, que por teimosia, capricho ou desafio é possível ter-se um relacionamento emocional e/ou sexual com um gay.Mas não se pode ir contra a natureza, e contra factos não há argumentos.

Queer Eye For The Straight Guy: Ted Allen (Gastronomia), Kyan Douglas (Aparência), Thom Filicia (Decoração), Carson Kressley (Moda) e Jai Rodriguez (Cultura).
Foto 1: anúncio CK Obsession
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Eva Shanti
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Friday, December 16, 2005

A atracção sexual não se baseia apenas no aspecto físico. Aliás, bonito e sexy são qualidades diferentes que podem, ou não, coexistir na mesma pessoa. A verdade é que há factores que actuam no ser humano, ainda que de um modo inconsciente, e que influenciam os comportamentos durante o processo de atracção sexual.
Ao que parece, a «química do amor» ultrapassa os 5 sentidos.
Ninguém duvida da importância que um olhar pode significar. Com os olhos também «falamos». Dependendo da expressão do olhar, conseguimos cativar ou repelir os outros. E, claro, a visão é o principal receptor de estímulos sexuais e iniciador de relações entre as pessoas. Podemos, mesmo, experienciar o chamado «amor à primeira vista». Judi James, autora do livro Sex Signs: Decode Them and Send Them, afirma que há diferença entre o flirting (galar, em bom português) e a paixão repentina, dizendo que os músculos da cara descontraem-se de tal forma que é visível a quem está a presenciar a cena de fora e é tão forte que, por momentos, podemos ficar irreconhecíveis.
Já a audição tem menos influência, mas mesmo não sendo um factor preponderante, também pode ser um importante catalizador de relações, uma vez que os sons mexem com as nossas emoções e avivam recordações. Que o diga Zézé Camarinha, esse guru do sexo, que deixa as garinas tontas com o «barulho das luzes» … E deduzo que não tenha aprendido isso nos livros. Nem isso, nem Inglês…
Quanto ao tacto, é inegável a sua contribuição essencial na forma como percepcionamos os outros e o mundo. Não é preciso dizer que em cada cm2 de pele existem 3000 células sensoriais, pois não?
Também não me vou alongar sobre o paladar. Basta dizer que o beijo é a forma mais elementar de comunicação sexual e que há alimentos que estimulam sexualmente algumas pessoas – morangos, por exemplo. Acho que a vossa imaginação consegue voar sem mais ajuda.
No que respeita ao olfacto, aí sim, tenho de me deter em pormenores, não tanto relativamente ao sentido propriamente dito, mas a algo mais sensível que temos junto ao orgão olfactivo, também chamado de 6º sentido.
Ainda que os perfumes e os cheiros tenham o seu papel no âmbito do processo de sedução e atracção sexual, estudos feitos em animais demonstram a actuação das feromonas como sinais químicos que permitem a comunicação à distância entre membros da mesma espécie. É o caso da complexa organização social das abelhas ou nas formigas, toda baseada na comunicação química. Muitas espécies, incluindo o ser humano, têm, nas fossas nasais, o minúsculo órgão vomeronasal (OVM), também chamado de «nariz sexual».
David Moran e Luis Monti-Bloch são os senhores mais entendidos nesta matéria do OVM.
Contudo, não podemos confundir as feromonas com os odores. Embora presentes no suor, as feromonas são sinais químicos inodoros que actuam a um nível inconsciente. Existem, fazem das suas e nós não damos por nada. Quer dizer, temos consciência no momento posterior ao RGSSS, Já tá! (onde é que eu já vi isto?)
Biólogos, sexólogos e psicólogos não negam a existência de um processo físico (e químico) da atracção sexual, mas desvalorizam-no. Os mecanismos da inteligência desenvolvida pelo homem prevalecem sobre os estímulos criados para a perpetuação da espécie que, assim, podem racionalmente ser afastados.
Esta é uma tentativa com base na ciência de racionalizar o processo de atracção sexual (paixão) e de dar uma definição de Amor - algo que, supostamente, assenta no primeiro impulso que se sente pelos outros, que depois cresce e se desenvolve. Até porque as feromonas têm uma duração limitada e se há histórias de uniões duradouras e felizes, a resposta terá de estar muito para além do que é físico e passageiro.
Mas isso não resolve o meu problema (se calhar também vosso): será que amo ou apenas gosto da maneira como o outro me faz sentir, e fico «viciada» em mimos, nessa felicidade estrondosa que conseguem pequenos gestos de carinho e ternura? É aquele sorriso que faz milagres, aquele sms que veio mesmo a calhar, aquela flor arrancada às escondidas do jardim da vizinha, aquele beijo longo, demorado…
É que há uma outra teoria que entende o Amor como um droga, por causa da dopamina estimulante natural ligado a todo o tipo de adicções. O álcool, a nicotina, a morfina – todas estas substâncias aumentam os níveis de dopamina. Ora, todas as adicções têm o reverso da medalha, ou seja, fase da tolerância, ressaca e recaída…. Mas hoje ficamos por aqui.
Fotos: 1 *Kazze* e 2 bellylou em www.flickr.com, 3 encontrada em (des)afinado
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Eva Shanti
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7:48 PM
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Thursday, December 15, 2005
AMOR do Lat. amore
s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;
ant.,
graça, mercê.
com -: com muito gosto, com zelo;
fazer -: ter relações sexuais;
loc. prep.,
por - de: por causa de;
por - de Deus: por caridade;
ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida;
- captativo:vd. amor possessivo;
- conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio;
- oblativo: amor dedicado a outrem;
- platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais;
- possessivo: amor que leva a subjugar e monopolizar a pessoa que se ama; o m. q. amor captativo.
Definição em www.priberam.pt
Definição de Amor por Emilie Litré em Dicionário da Medicina e Cirurgia, 1875: um conjunto de fenómenos cerebrais...
photo by Stone Boy in www.flickr.com
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Eva Shanti
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Tuesday, December 13, 2005

Bem, já não é tão secreto assim, mas noutros tempos este teste passava de pais para filhos, de irmãos para irmãos. Conhecido como o «teste do egoísmo», consistia, logo que oportuno, em abrir primeiro a porta do carro à potencial parceira, verificando se ela depois se inclinava para retribuir o gesto, abrindo a porta do lado do condutor. Se a moça não se mexesse sequer, era seguramente uma pessoa egoísta, logo chumbada e sem qualquer hipótese.
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Sunday, December 11, 2005
É preferível usar-se a expressão «violência conjugal» quando nos queremos referir às situações de violência na conjugalidade, ou seja entre pessoas que vivem em situação conjugal, casadas ou não.
Embora a opção por «violência doméstica» seja uma tendência internacional para designar o fenómeno da violência entre cônjuges, associando-se imediatamente ao ofensor-homem e à mulher-vítima, por ser essa a realidade mais comum, a verdade é que esta expressão abarca outras situações praticadas no contexto doméstico, tais como a violência contras as crianças e contra os idosos.
Também convém distinguir entre violência sexual e violência conjugal, pois ainda que a primeira ocorra na segunda, é certo que a violência conjugal é cíclica e reiterada, enquanto que a violência sexual caracteriza-se por episódios, justificando-se, num e noutra caso, intervenções diferenciadas por parte de psicólogos, polícias, juristas, e todos quantos trabalham a favor das protecção das vítimas.
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7:34 PM
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Thursday, December 08, 2005
Muitos homens e muitas mulheres costumam reclamar, chorar e gritar que o seu parceiro deveria ter um «manual de instruções». Mais, há medida que vão descobrindo como funciona o outro, queixam-se de publicidade enganosa e culpam a falta do referido «manual» como causa da sua desilusão.
Pergunta: Quem é que realmente lê os manuais de instruções? Se as pessoas tivessem «manuais de instruções», acabariam as desilusões e todas as relações passariam a funcionar às mil maravilhas? Não me parece.
Nas relações humanas temos que contar com a nossa intuição, perspicácia e bom senso. E ainda bem que nada está predeterminado e escrito num manual qualquer. Há linhas gerais que temos de adaptar às pessoas e às situações em concreto. Nada mais do que isso.
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Eva Shanti
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Monday, December 05, 2005
Metáforas, comparações, parábolas… Acho-as a todas uma boa maneira de entender a vida e de passar esse conhecimento aos outros. É como se fosse uma ilustração e isso ajuda a que as nossas ideias sejam compreendidas.
Numa linguagem editorial, se olharmos para os relacionamentos como livros, se a coisa não correr bem, a experiência diz-me que não vale a pena insistir numa nova tiragem. A verdade é que a segunda edição, mesmo que tenha um novo prefácio, raramente será uma obra «revista e melhorada». Isso é verdade para os livros, não para as pessoas.
Aquela ideia de começar do 0 é um falso ponto de partida, pois, na realidade, parte-se sempre do -1, quando não do -2. O passado está lá e não desaparece só porque assim o queremos. É certo que devemos aprender com os nossos erros, sermos melhores como pessoas, lutar de forma adulta e responsável por aquilo que queremos e por quem amamos. No entanto, à mínima contrariedade, atiramos ao outro com o que supostamente estava perdoado, esquecido, ultrapassado. Na maior parte das vezes, aquilo que não gostávamos, seja na relação, seja no outro, não deixa de existir e há toda a probabilidade de se repetir. Se duas pessoas não funcionam em conjunto, nada como cada uma seguir o seu caminho e não perder a sua oportunidade de ser feliz.
Excepções? Existem, claro! Penso que Richard Burton e Elizabeth Taylor é o caso mais conhecido e explorado.
Visão pessimista? Talvez, mas não me tenho dado mal com esta forma de pensar. Tem-me permitido seguir com o meu projecto de vida. Tenho muitos livros por escrever. Os que estão escritos vão do cómico ao trágico, uns têm lombadas finas, outros alguns volumes. Ainda não perdi a esperança de conseguir uma obra-prima. Mas vou continuar fiel a este princípio: Segundas Edições? Só nos livros!
*Teoria da Eva
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Eva Shanti
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