Razões imperiosas ditam esta ausência.
E vai-me custar, acreditem!
Sugestão:
Comente e re-comentem.
Os vossos comentários são sempre inspiradores e catalizadores importantes de ideias e temas a desenvolver.
Manta de retalhos de escrita light e despreocupada sobre homens e mulheres, sexo e sociedade.
E vai-me custar, acreditem!
Sugestão:
Publicada por Eva Shanti em 11:25 AM 19 comentários
Vocabulário em sânscrito usado no sexo tântrico
Linga: Falo, pénis
Yôní: vagina
Kundalini (acentuando o último i): é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 ½ vezes ao redor do primeiro chakra, aguardando a expansão. Quando ela é acordada, através de qualquer de inúmeras técnicas, entre elas o acto sexual, ela desenrola-se e sobe através do centro do corpo espetando e despertando cada chakra conforme sobe. Quando ela alcança o topo, ou o chakra coronário (no topo da cabeça), então todos os chakras foram abertos e diz-se que a pessoa atingiu a iluminação.
Kundalini é uma força de grande poder, que pode produzir mudanças físicas e mentais radicais. Alguns dizem que ela é energia sexual sublimada; outros que é uma conexão de ritmo vibratório entre as ondas cerebrais e os subsistemas psicológicos. Há várias teorias, mas nenhuma delas conclusiva. Ela pode ser accionada pela prática da yoga, meditação, estimulação física, excitação mental, relação sexual ou por um mestre formado na arte de despertar a Kundalini.
Maithuna: relação sexual tântrica
Notas:
Este texto é tudo menos exaustivo sobre um tema tão vasto e complexo como é o sexo tântrico. É apenas uma noção muito básica e superficial que abre as portas para um aprofundamento do assunto.
Não sou uma especialista na matéria, sou uma curiosa...
Muitos dos links são de páginas escritas em Inglês. Todavia, sejam livres na vossa procura se quiserem aprofundar o tema bem como os conceitos focados e de optar por textos numa ou noutra língua (o ideal é conjugar a Português e Inglês).
Divirtam-se!
Publicada por Eva Shanti em 3:30 PM 21 comentários
Melting men by kelsyen in www.flickr.com
Não, não gostava de escrever uma história sobre homens que se derretem e ficam reduzidos a poças de si próprios depois de um encontro comigo. Não, é muito dark, digno de um filme de terror. Até agora, todos sobreviveram e estão de boa saúde!
Pode-se dizer que há quem utilize a técnica de levar o outro à exaustão, mostrando inicialmente o seu pior para, numa segunda fase, os (as) sobreviventes que conseguem a proeza de passar duras provas terem acesso ao melhor, ficando a realidade algures pelo meio.
No entanto, de uma forma generalizada, as pessoas centram-se na fase da conquista e mostram, não o seu melhor, mas a ideia daquilo que o outro procura ou espera encontrar. Mais do que o enaltecimento das qualidades, a preocupação é projectar uma imagem que passa a ser tida como o "melhor" ou o "lado bom". Quando, numa fase mais avançada do relacionamento, as pessoas se mostram a si próprias, o outro pensa que esse é o "lado mau", mas não, é apenas a realidade, porque ninguém aguenta uma farsa durante muito tempo sem se mostar tal e qual como é.
No fundo, o que acontece na prática é um investimento grande na fase inicial dos relacionamentos, fase em que se recorre a manhas e artifícios para "agarrar" o outro, como se esse sentimento de posse tranquilizasse a consciência, não havendo descanso enquanto o outro não é um "dado adquirido".
Fica para segundo plano o que é verdadeiramente importante: sermos nós próprios e construir uma relação alicerçada em verdade e sinceridade.
A maioria tem um medo terrível de se mostrar e de se dar, recorre a máscaras e a jogos com medo da rejeição (o que até se pode dizer que é humano, pois faz parte de um instinto de defesa) e, afinal, a rejeição ou a o fim de uma relação acaba por acontecer se tiver de acontecer, mais cedo ou mais tarde, não?
Publicada por Eva Shanti em 11:25 AM 22 comentários
Portuguese do it better? Portuguese do it more often?
Segundo um estudo realizado por uma marca de preservativos no ano de 2005, que contou com 41 países, os Portugueses têm, em média, 108 relações sexuais anuais, 2 por semana e passam 2/3 do ano sem sexo – fica por saber se há alguma altura do ano com mais ou menos sexo (digo eu).
Os homens são ligeiramente mais activos do que as mulheres (104 e 101 relações anuais, respectivamente).
Contudo, apenas 1/3 dos Portugueses estão satisfeitos com o sexo que tem.
Os Portugueses têm 7 parceiros sexuais por ano, enquanto que nos restantes países esse número sobe para 9.
Experiência sexual dos Portugueses
Relação extraconjugal 24%
Relação a três 12%
Relação homosexual 8%
Sado-masoquismo 2%
Sexo tântrico 8%
Uso de lubrificante 29%
Uso de vibrador 10%
Sexo anal 44%
Relação fortuita 37%
Nenhuma destas 28%
Nenhuma destas significará nada mesmo, ausência total de actividade? 0u algo que não está na lista? É que a meu ver a lista é bastante exaustiva e, que eu tenha dado por isso, só não contempla a troca de casais ou swing…
Ou será mesmo a posição tradicional, só e apenas e quando é? Será sexo com luz, sem luz ou média luz também uma caso a considerar?
Bem, mas os visitantes mais exigentes vão directamente à fonte e exploram o link à vontade... Curioso, no mínimo.
Mas nestas coisas de inquéritos sobre sexo eu sou uma desconfiada… A começar pela confissão das “escapadelas” até às práticas mais kinky, uns exageram para mais e outros tendem para o menos. Além disso, nos estudos já feitos sobre um tema muito interessante (pelo menos do ponto de vista científico) que é a Infidelidade (ou relacionamentos extraconjugais, como alguns Autores preferem) ambos os sexos mentem: as mulheres têm mais parceiros sexuais do que dizem ter e os homens têm muito menos…
Conclusão: alguém dorme com alguém, disso não há qualquer dúvida!
Publicada por Eva Shanti em 8:30 AM 23 comentários
E, recorrendo ao dicionário, a surpresa: “enxaqueca” vem do Árabe ash-shakíka, que literalmente quer dizer “um lado da cabeça”, pois geralmente são dores de cabeça unilaterais.
Ou seja, a desculpa “Querido, hoje não que me dói a cabeça”, é tão velha (e nem sempre é desculpa, atenção!) que já vem do tempo dos Árabes e não dos Romanos, como se poderia à primeira vista pensar.
Bom, vai daí deve ser por isso que os espertos inventaram essa coisa dos haréns, para acabar com desculpas e não com as, como dizer – para bom entendedor bastava a letra q, mas vou tentar defini-las - actividades humanas e comuns da vida que acontecem entre duas ou mais pessoas de sexo diferente (ou não, mas isso já é outra conversa).
Será?
Eva pensadora….
Publicada por Eva Shanti em 1:40 PM 13 comentários
Publicada por Eva Shanti em 12:16 AM 18 comentários
Denis Thatcher na Campanha de 1983
Empresário bem sucedido, com uma carreira em posições de topo, apesar de não ter sido academicamente brilhante, chegou a milionário. Esteve na II Grande Guerra e foi condecorado. Mas a notoriedade surge com o segundo casamento, quando Margaret Roberts, depois Thatcher, reduziu a largamente a vantagem do Partido Trabalhista, embora continuasse no poder. O romance desencadeou-se durante a campanha do Partido Conservador de que Sir Denis também era parte e o noivado foi anunciado no dia da vitória.
Dado curioso, a primeira mulher também se chamava Margaret e tal como o amor da sua vida, Denis conheceu ambas em eventos sociais.
Denis, então com 36 anos, casou com Margaret Roberts, de 26, em Dezembro de 1951 em Londres
A lua-de-mel do casal foi passada na Madeira. Ao contrário de Denis, homem viajado e conhecedor do mundo, foi o primeiro contacto de Margaret Thatcher com Portugal.
Denis Thatcher tinha uma cultura acima da média, fruto de uma educação proporcionada por uma família endinheirada e um espírito aberto, de horizontes largos.
O casal teve dois filhos gémeos: Mark e Carol Thatcher.
Foi alvo de críticas constantes, de sátiras e tentaram fazer dele uma figura ridiculamente cómica, mas sempre teve um excelente poder de encaixe. Conhecido como bom jogador de golfe e apreciador gin (o que nunca negou), essas duas facetas foram exploradas ao máximo pela maledicência.
Homem simpático, afável era portador dos valores de gentleman tipicamente britânicos. Com uma auto-estima inigualável que o deixava confortável no seu papel de consorte da “Dama de Ferro”, nunca deixou de ser ele próprio e dizer algumas tiradas espirituosas a figuras públicas com uma calma que lhe era característica.
A única entrevista pública de Denis Thatcher data de 2002 e foi lançada em DVD, com o título Married to Maggie, sendo da responsabiilidade de sua filha Carol Thatcher.
Na sua autobiografia, Margaret Thatcher referiu aquilo que frequentemente dizia do homem que amava:” Eu nunca teria sido Primeira-ministra por mais de 11 anos sem ter o Denis ao meu lado”
Margaret Thatcher este no Governo de 1979 a 1990.
Denis num evento de golfe cujos fundos reverteram para uma associação de cegos
Como consorte da primeira-ministra, para além das actividades de cariz social e humanitário, Denis aprofundou interesses comuns e desenvolveu amizades profundas com Nancy Reagan, Raisa Gorbachev and Barbara Bush, mas sempre, e segundo ele, sem segundas intenções: “ Nunca tive algum tipo de liberdades com elas e não estava a querer algo em troca ou algo parecido, pois não é esse o meu estilo”.
Aquando da sua morte disse Tony Blair: "Sir Denis era um homem educado e de bom coração, um verdadeiro cavalheiro, que tinha muitos amigos aqui e no exterior”
Eu acho que foi dose, amar uma mulher como Margaret Thatcher uma vida inteira, estar ao lado dela sempre, nos bons e maus momentos, momentos marcados por uma vida pública e por um cargo que implicava o destino de um país. Só pode ter sido por amor, nunca por obrigação.
Publicada por Eva Shanti em 1:50 PM 24 comentários
Ensaio sobre homens, mulheres, relacionamentos*
Tenho muitas dúvidas sobre o que quer realmente um homem de uma mulher. E não estou a falar de uma one night stand, que aí, diga-se de passagem a exigência nem sequer é muita. Refiro-me, como é óbvio, ao que procura um homem numa companheira, partindo do princípio que nalguma fase da vida, um homem fica farto de ter a mesma experiência com diferentes mulheres e anseia por encontrar uma mulher com quem tenha inúmeras experiências, todas elas diferentes – esta ideia provém de um anónimo e retive-a, pois acho-a extremamente interessante.
A dúvida surge-me frequentemente, pois entendo que a educação do homem é dirigida à quantidade e a educação da mulher é completamente direccionada para a qualidade. Aos rapazes é aceitável e normal terem uma quantidade enorme de namoradas, o mesmo já não acontecendo com as raparigas que se devem guardar para aquele que será “o tal”.
Encontra-se no mundo feminino três tipos de atitude:
1) a das mulheres que não encontram o homem ideal e tentam a todo o custo fabricá-lo com a matéria-prima que lhes vai aparecendo;
2) a das mulheres que vão aproveitando a fase da procura do Mr.Right com vários seres que apelidam de imperfeitos, ansiando por uma ruptura com esse período que ficará na sua história pessoal como um pretérito imperfeito, bem arrumado numa gaveta fechada e de chave atirada ao mar;
3) a das mulheres que organizaram a sua vida em torno de um projecto a solo, movidas por demasiados relacionamentos falhados ou por convicção – e este ponto abre a porta para um outro tema muito actual, a “solidão emocional”, que também abrange muitos homens.
Os homens são tão emocionalmente complicados como as mulheres, mas encontram-se, na sua grande maioria, estagnados num determinado patamar da evolução, imersos num caos interno, muitas vezes camuflado por um auto-fingimento de que tudo está sob controlo, de tão pouco habituados que estão em lidar com os seus próprios sentimentos e emoções. Afinal, boys don’t cry!
As mulheres conseguem atingir uma geralmente tem maior maturidade emocional, porque exercitam o lado emocional sem medo. Na sua educação são-lhes permitidas mais manifestações humanas, tais como o choro e o riso. Porém, padecem de outros males: são educadas para o Amor, para o encontro de um Príncipe Encantado, o paradigma de um homem que só existe na imaginação, com quem terão filhos e serão felizes para sempre!
Também se nota que os homens andam baralhados com a nova mulher que tem vindo a surgir nos últimos tempos. Estas mulheres estabelecem as suas próprias regras, não têm medo de dizer o que querem e o que não querem, têm uma visão do seu caminho pessoal, não têm medo de críticas, não procuram agradar a qualquer preço, correm riscos, são directas e seguras de si próprias.
O que fazer com uma mulher destas que afronta o papel tradicional da masculinidade? Uma mulher que tem uma profissão a que dedica uma boa parte do dia, que admite querer ser mãe mais tarde ou mesmo não ter filhos, que pressupõe uma divisão de tarefas domésticas, caso contrário, a vida em comum rebenta em acusações mútuas sobre quem faz o quê? Uma mulher capaz de dizer não a um homem na frente dos amigos dele, que é forte e não dependente. Amiga, amante, companheira. Não uma segunda mãe, não uma empregada doméstica a custo 0, não um ser cordialmente invisível e robotizado que diz sim a tudo.
Infelizmente, a sociedade avalia os homens pela carreira profissional e as mulheres pela sua capacidade de manter relacionamentos, tenham eles o preço que for...
Para piorar tudo isto, há falta de comunicação entre homens e mulheres ou uma comunicação deficiente, com demasiados ruídos.
Mais uma vez, questões de educação diferenciada para ambos os sexos dificultam os relacionamentos a todos os níveis: pessoal, profissional e amoroso.
Por um lado, temos homens que estão habituados a ter a responsabilidade de protecção da companheira e da família, de serem profissionalmente bem sucedidos e por isso reconhecidos. Do outro lado, temos mulheres que têm os seus ciclos (não os menstruais, os do temperamento, que nem sempre estão numa relação directa), que têm uma atitude simpaticazinha para um dia explodirem e deixarem um homem totalmente estupefacto porque não fazia ideia que determinado hábito era mal visto ou odiado pela companheira. Milagres? Não, não há. Só o diálogo, sincero e adulto, pode ajudar a ultrapassar estes obstáculos.
Há mulheres que tentam ser tudo (boas profissionais, boas mães, boas donas-de-casa) e são umas sacrificadas a vida toda, quando poderiam ser felizes sem carregar com o mundo às costas. Bastava haver compreensão e comunicação com o parceiro, assim como disposição deste para assumir responsabilidades que também lhe pertencem.
Há ainda o grupo dos felizardos, daqueles homens e mulheres que encontram, mais cedo ou mais tarde, a companhia ideal e vivem um relacionamento saudável, negociado, equilibrado, construído todos os dias. Esses são a minoria. Se fossem a maioria esta reflexão deixava de ter sentido e muita gente ficava sem trabalho: escritores, argumentistas, psicólogos, terapeutas familiares…
*Ensaio: escrito que, sem chegar à extensão de um tratado ou monografia, aborda uma matéria (de carácter científico, filosófico, histórico, ou literário) sem o esgotar e sem o aprofundar demasiado.
Publicada por Eva Shanti em 12:37 PM 33 comentários